Ministro usou expressão na decisão em que considerou ação de advogado incabível formalmente e negou declarar o petista inelegível desde já
“Não obstante vislumbrar a inelegibilidade chapada do requerido [Lula], o vicio processual apontado impõe a extinção do processo”, escreveu o ministro no despacho, datado desta terça-feira, 31, e divulgado nesta quarta, 1.
Ao barrar o pedido contra Lula sem sequer analisá-lo, ele considerou que o autor da ação é um cidadão comum, “despido de legitimidade ativa amparada na lei”. Conforme a legislação eleitoral, só podem mover processos contra registros eleitorais candidatos adversários, partidos políticos, coligações partidárias ou o Ministério Público Federal. O mesmo entendimento foi adotado pela ministra Rosa Weber em julho, ao negar ação semelhante, movida pelo Movimento Brasil Livre (MBL).
Mesmo com o petista condenado em segunda instância e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, circunstância que baseia a afirmação do presidente do TSE, o PT vai registrar a candidatura de Lula no próximo dia 15 de agosto, data limite para os registros, e caberá à corte eleitoral decidir sobre o deferimento ou não do pedido. A manifestação da visão de Luiz Fux sobre o caso concreto de Lula é um passo adiante nas declarações que ele vinha dando sobre a situação do ex-presidente desde que ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em janeiro, a 12 anos e 1 mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá.
Sem citar o petista, o ministro já havia declarado nesta semana, por exemplo, que candidatos atingidos pela Ficha Limpa e barrados pelo TSE não deveriam buscar liminares na Justiça para “forçar” concorrerem sub judice, isto é, pendentes de uma decisão final.
Caso tenha o registro indeferido pelo TSE a partir do dia 15, possibilidade mais provável, Lula ainda poderá entrar com recursos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em busca de uma liminar que o garanta na disputa. Preso em Curitiba para cumprir pena na Lava Jato desde o dia 7 de abril, ele lidera as pesquisas de intenção de voto e mantém a estratégia de não indicar quem seria o “plano B” do PT na corrida pela Presidência.
Leia aqui a íntegra da decisão de Luiz Fux.
Veja
https://veja.abril.com.br/politica/fux-diz-ver-inelegibilidade-chapada-de-lula-para-eleicao/
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