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sábado, 4 de agosto de 2018

Católicos boicotam novela ‘Jesus’ em defesa da virgindade de Maria

Folhetim da Record toca em conceito sensível ao refutar virgindade perpétua da personagem

Ponto de contradição entre evangélicos e católicos, a sexualidade de Maria incomodou seguidores da Igreja Romana durante a exibição do capítulo desta quinta-feira da novela Jesus, da Record. Para os católicos, Maria sempre foi virgem. Cristo foi concebido pela graça do Espírito Santo. Já os evangélicos creem que Maria teve outros filhos — pelas vias naturais — com o marido, o carpinteiro José. Nesta quinta, o folhetim bíblico mostrou o retorno de Maria e José à Galileia, depois do exílio no Egito, onde se refugiaram para salvar Jesus do infanticídio promovido por Herodes.

Na cena, o casal carrega o messias e outras duas outras crianças, Tiago e José, refutando a ideia de que Maria se manteve intacta por toda a vida. Nas redes sociais, seguidores da fé católica criticaram a escolha dos roteiristas de abraçar a versão evangélica da personagem. “Aquele Jesus é o Jesus da Universal, não é o Jesus das Escrituras; é o Evangelho segundo Edir Macedo e seus espúrios interesses”, escreveu o bispo Dom Henrique Soares da Costa em carta aberta no Facebook. “Quanto à Toda Santa Mãe de Deus, odiada pelos inimigos de Cristo e por Satanás, aquela Maria da Record, não tem nada a ver com ela! Um católico que assiste àquilo peca gravemente, pois denigre o que é de Deus, o que é sagrado, é coisa fina! Você veria um filme que denegrisse sua mãe e mentisse sobre sua família?”

Popular nas redes sociais, Padre Paulo Ricardo publicou um vídeo de quase seis minutos em que explica as crenças católicas e ressalta: “Maria foi virgem antes, durante e depois do parto. A integridade física da Nossa Senhora não foi nunca tocada. Ela é a virgem intacta”.
Além do apego à virgindade da mãe de Jesus, o embate entre as duas crenças se dá por causa das diferentes traduções da Bíblia. A versão seguida pelos católicos diz que Tiago e José eram primos de Jesus, já que o aramaico tinha uma única palavra para irmão e primo. Porém, o Novo Testamento foi escrito em grego, língua em que as duas palavras possuem significados distintos.

Em matéria especial de VEJA, o tradutor e linguista português Frederico Lourenço explica as sutilezas da tradução da Bíblia, entre elas esta passagem. No fim do século IV, São Jerônimo, autor da Vulgata — a tradução latina das Escrituras que por séculos foi a única autorizada pela Igreja Católica —, cravou a ideia de que a palavra grega adelphoi seria vaga e assim poderia designar “primo”. Lourenço, que não segue nenhuma fé específica, não concorda com São Jerônimo e ressalta que adelphoi significa apenas “irmão”. 

PARA LEMBRAR, UM ÚNICO COMENTÁRIO: a seita IURD - Igreja Universal do Reino de Deus - adota uma posição de ofensas sistemáticas ao Catolicismo.
Muitos devem lembrar que em há alguns anos um 'bispo' ou 'pastor' daquela seita -  em um 12 de outubro, dia que no Brasil é dedicado a Nossa Senhora de Aparecida - chutou uma imagem da Santa.
É fato, amplamente divulgado e que mostra o quanto a IURD é suja ao tentar impor suas crenças.

Veja
https://veja.abril.com.br/entretenimento/catolicos-boicotam-novela-jesus-em-defesa-da-virgindade-de-maria/ 
 

 

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