Tutorial da fraude
Vídeo revela que o partido Solidariedade foi criado com a ajuda de uma gigantesca falsificação que usou os dados de milhares de desempregados
Fundar um
partido político é tarefa relativamente simples. Basta redigir um estatuto (um
conjunto de normas a ser seguidas pelos futuros filiados e dirigentes) e reunir
500 000 assinaturas de apoio. Depois, deve-se enviar o pedido de registro à
Justiça Eleitoral, que inicia a fase de checagem dos dados apresentados. Esse
processo, ao menos em teoria, é rigoroso. As fichas dos eleitores são separadas
por região e encaminhadas aos cartórios para conferência.
Os técnicos analisam
o material, cruzam os dados cadastrais e verificam a autenticidade das
assinaturas, uma a uma — tarefa que pode durar meses. O partido
Solidariedade passou pelo escrutínio. Em 2013, o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) decidiu conceder o registro à legenda, apesar da descoberta pelos ministros
da corte de “problemas pontuais” em algumas fichas. Problemas, sabe-se agora,
que não tinham nada de pontuais. Eram, na verdade, indícios de uma enorme
fraude.
Íntegra em VEJA
de 8 de agosto de 2018, edição nº 2594
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