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terça-feira, 31 de julho de 2018

Desemprego recua para 12,4%, mas ainda atinge 13 milhões de pessoas


Na contramão do resultado, 497 mil profissionais deixam de ter carteira assinada em um ano, segundo IBGE

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 12,4% no trimestre encerrado em junho, o que representa uma queda de 0,7 ponto porcentual em relação aos três meses imediatamente anteriores. O resultado mostra que 13 milhões de pessoas estão fora do mercado de trabalho no país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

A quantidade de pessoas desempregadas caiu 5,3% no segundo trimestre, em relação ao três meses anteriores. Desta forma, segundo o IBGE, de abril a junho, 723 mil pessoas deixaram a situação de desemprego no Brasil. O número de profissionais empregados teve alta de 0,7% de abril a junho, ante o trimestre anterior — totalizando 91,2 milhões de brasileiros. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, a alta foi de 1,1%.

Informalidade em Alta
Na contramão da queda do desemprego, o número de profissionais com carteira assinada (31,8 milhões) no setor privado ficou estável no segundo semestre deste ano, em período imediatamente anterior. Em comparação com o mesmo trimestre de 2017, por outro lado, houve queda de 1,5% – ou seja, menos 497 mil profissionais.

Empregados sem carteira de trabalho assinada cresceram 2,6% entre abril e junho deste ano, em relação a janeiro março. O aumento foi ainda maior, em relação ao mesmo período de 2017, um crescimento de 3,5% e 367 mil profissionais informais a mais no mercado de trabalho.

Segundo o estudo, houve aumento de vagas no segundo trimestre, em relação ao primeiro, em indústria (2,5%), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,8%). Os demais setores não apresentaram variação significava. O rendimento médio real entre abril e junho de 2018 foi de R$ 2.198, com estabilidade tanto na comparação trimestral, quanto na anual.

Veja 
https://veja.abril.com.br/economia/desemprego-recua-para-124-em-junho-e-atinge-13-milhoes-de-pessoas/

 

“Não houve golpe em 1964”, diz Bolsonaro

O candidato do PSL à Presidência da República, deputado Jair Bolsonaro, defendeu a ditadura militar (1964-1985) e disse que, se eleito, não vai abrir os arquivos do regime. O parlamentar afirmou ainda, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que os atos cometidos pelos militares se justificavam pelo “clima da época, de guerra fria”, e que teria agido da mesma maneira se estivesse no lugar deles.

“Não houve golpe militar em 1964. Quem declarou vago o cargo do presidente na época foi o Parlamento. Era a regra em vigor”, disse Bolsonaro. O presidenciável defendeu ainda as atuações dos militares em casos de tortura e também a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), a quem homenageou em seu voto durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Abominamos a tortura, mas naquele momento vivíamos na guerra fria”, justificou. Brilhante Ustra foi chefe do DOI-Codi, um dos principais centros de tortura durante a ditadura.

Bolsonaro ainda reclamou que a imprensa escolhe apenas os casos que afetaram militantes da esquerda para comentar. “Vocês só falam sobre casos da esquerda. Por que não falam sobre o atentado do aeroporto de Guararapes, em que morreu o Edson Regis?”, questionou, fazendo referência a um atentado a bomba ocorrido em Recife em 1966. “Um dos militantes da AP, não digo que estava lá, era o José Serra. Vamos botar o Serra nos banco dos réus então.”

Pressionado pelos jornalistas convidados a falar sobre a abertura dos arquivos da ditadura militar, o presidenciável disse duvidar que eles ainda existam. “Não vou abrir nada. Esquece isso aí, vamos pensar daqui pra frente”, desconversou.

 Estadão Conteúdo
https://istoe.com.br/autor/estadao-conteudo/

Bem alimentado, Lula terceirizou greve de fome

Seis militantes de movimentos sociais iniciam nesta terça-feira, em Brasília, uma greve de fome pela libertação de Lula. Comandante do ''exército do MST'', João Pedro Stédile declarou que o tempo de duração da greve será determinado pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal.

“Ela foi indicada para respeitar a Constituição”, disse Stédile, ao lado dos companheiros que prometem fechar a boca. “Tem dois recursos aguardando julgamento –uma ADC do PCdoB, que consulta se uma pessoa pode ser presa antes do julgamento de todos recursos; e um outro recurso da OAB, sobre validade da presunção de inocência até o julgamento da última instância. Basta colocar os recursos em plenário para acabar com a greve.”

Em português claro, deseja-se pressionar o Supremo para rever a regra que autorizou o encarceramento de condenados em segunda instância. A questão já foi apreciada pelos ministros da Suprema Corte quatro vezes desde 2016. Na votação mais recente, produziu-se um placar de 6 votos a 5 contra a concessão de um habeas corpus que impediria a prisão de Lula.

Ironicamente, os devotos do líder petista fazem por Lula um sacrifício que ele se abstém de fazer por si mesmo. Lula desenvolveu uma ojeriza por greves de fome. Em fevereiro de 2010, ainda na pele de presidente, o agora presidiário realizou uma viagem oficial a Cuba. Desembarcou em Havana no dia da morte do dissidente cubano Orlando Zapata Tamoyo, que ficara sem comer por 85 dias.

Instado a comentar a privação alimentar do preso político cubano, Lula declarou: “Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome. Eu, depois da minha experiência de greve de fome, pelo amor de Deus, ninguém que queira fazer protesto peça para eu fazer greve de fome que eu não farei mais.” Na época, o repórter Elio Gaspari rememorou a “experiência” de Lula: “Em 1980, quando penou 31 dias de cadeia que ajudaram-no a embolsar pelo Bolsa Ditadura um capital capaz de gerar mais de R$ 1 milhão, Lula fez quatro dias de greve de fome. Apanhado escondendo guloseimas, reclamou: ‘Como esse cara é xiita! O que é que tem guardarmos duas balinhas, companheiro?’.”

Em março de 2010, já de volta ao Brasil, Lula adicionou ao comentário infeliz que fizera em Havana uma pitada de escárnio. Em defesa da soberania cubana, o então presidente petista comparou os presos políticos da ditadura dos irmãos Castro com os bandidos comuns esquecidos no interior do sistema carcerário de São Paulo.  Eis o que declarou Lula: “Eu penso que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagina se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade. Temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de deter as pessoas em função da legislação de Cuba, como quero que respeitem ao Brasil.”

Quer dizer: considerando-se os critérios de Lula, condenado a 12 anos e um mês de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, os militantes que se dispõem a deixar de inserir alimentos por sua libertação deveriam respeitar a “determinação da Justiça” brasileira. Sucede, porém, o oposto.Bem alimentado, Lula patrocina o surgimento de mais uma excentricidade eleitoral. Depois da candidatura presidencial cenográfica de um ficha-suja, depois da campanha presidencial por correspondência, Lula conduz desde a cela especial de Curitiba um inusitado processo de terceirização de greve de fome.

Josias de Souza 
 https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2018/07/31/bem-alimentado-lula-terceirizou-greve-de-fome/

Saiba mais: https://ptnacamara.org.br/portal/2018/07/30/militantes-farao-greve-de-fome-ate-lula-ganhar-liberdade/
 

Herzog 1: MPF reabre investigação sobre o assassinato de jornalista no DOI-CODI. O que será? Lei da Anistia será revisada?

O Ministério Púbico Federal reabriu as investigações sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog. Ele apareceu morto no dia 25 de outubro de 1975 nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo. Tentou-se simular um suicídio por enforcamento. As evidências de que foi assassinado são gritantes. No dia anterior, ele havia comparecido ao órgão, atendendo a intimação para depor sobre suas relações com o PCBO Estado brasileiro já reconheceu o crime cometido. Em março de 2013, a família do jornalista recebeu um novo atestado de óbito. A causa da morte foi alterada. 

No primeiro, constava o lacônico “asfixia mecânica por enforcamento”. Não se duvide de que aconteceu isso também. Mas a nova redação dá conta com mais precisão do que aconteceu: “lesões e maus-tratos sofridos durante o interrogatório em dependência do 2º Exército (DOI-Codi)”. No dia 3 de julho, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou o estado brasileiro pela morte de Herzog. A CIDH reconheceu o assassinato como “crime contra a humanidade”, não passível de anistia. A Corte já havia condenado o país pela não-investigação de desaparecimentos ocorridos durante a Guerrilhas no Araguaia. O que vai acontecer?

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Herzog 5: PSOL entrou com ação de revisão da Anistia depois que Comissão da Verdade pôr fim a trabalho; 119 vítimas das esquerdas “sumiram”

O PSOL entrou com a ação depois que a Comissão da Verdade concluiu nos seus trabalhos, em 2014. Chegou a um total de 334 pessoas mortas em consequência da ditadura. São dadas como desaparecidas 210 pessoas; 224 são consideradas mortas, com a localização de 33 corpos. Os números são próximos daqueles a que chegaram Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio no livro “Dos Filhos Deste Solo”: 424 mortos, com 292 assassinatos comprovados. 

As duas listas trabalham com critérios um pouco frouxos porque incluem pessoas sem vinculação clara com a luta política. Essas são as vítimas do “regime”. 

A Comissão da Verdade não se ocupou das 119 pessoas assassinadas por grupos de esquerda.

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Reinaldo Azevedo
http://www3.redetv.uol.com.br/blog/reinaldo/ 

Caju e o poder do MDB



Meirelles investirá R$ 35 milhões em sua candidatura, mas pode dobrar o valor na campanha 

Milionário e aposentado, Henrique Meirelles prepara sua maior aposta, a candidatura presidencial pelo MDB. O investimento pessoal previsto é de R$ 35 milhões, mas pode dobrar na campanha, hoje aprisionada na lanterna das pesquisas.  Meirelles é um tipo anfíbio na política. Atravessou os governos Lula (Banco Central), Dilma Rousseff (Conselho Olímpico) e chegou à Fazenda de Michel Temer por influência do amigo empresário Joesley Batista, do grupo J&F (antigo JBS). 

Aos 72 anos, Meirelles foi adotado pelo MDB, cuja fonte de oxigênio é o governo, não importa qual seja. O partido representa, na foto do dia, a antítese da renovação na política: agrupa oligarquias sob lideranças com idade média de 70 anos. Seu elixir da longevidade está no controle do Congresso. Para mantê-lo, encontrou um candidato presidencial disposto a gastar o próprio dinheiro, liberando R$ 234 milhões do fundo público para reeleição de 18 senadores e 51 deputados. 

A relação do MDB com o poder e os cofres públicos é única. Tem como raiz a hegemonia nas emendas aos projetos governamentais na Câmara e no Senado. Símbolo desse domínio é Romero Jucá, presidente do partido, pernambucano de 64 anos com dois terços de vida enriquecida na dedicação a governos. Senador há 24 anos, se tornou uma espécie de relator-geral da República, decidindo 907 propostas legislativas, média de 37 por ano, ou uma a cada dez dias. Já determinou o conteúdo de 62 emendas à Constituição, 73 medidas provisórias e 413 projetos, incluindo a atual lei eleitoral. Essa é a fonte do poder de barganha do seu MDB com governos e empresas ansiosas por privilégios.

Com Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha, chancelou a candidatura de Meirelles e coordena a ofensiva do MDB para continuar com a maior bancada do Congresso. Jucá era Caju na lista de codinomes do departamento de subornos da Odebrecht. Coleciona meia dúzia de inquéritos, metade na Lava-Jato. Agora, planeja uma reforma da Carta, para estancar a sangria nacional.

José Casado, O Globo
https://oglobo.globo.com/opiniao/caju-o-poder-do-mdb-22933763

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Neymar já recorreu ao mesmo expediente em 2011

Jogador utilizou propaganda de empresa de telefonia para responder a críticos na época que atuava do Santos

Não é a primeira vez que Neymar utiliza uma propaganda, de um patrocinador pessoal, para responder a questionamentos. Em 2011, Neymar era de fato um menino, tinha 19 anos, porém visto como um jogador que fazia o que queria no Santos. Após um ato de insubordinação ter gerado a demissão do técnico Dorival Júnior ele apareceu no comercial de uma empresa de telefonia:
No texto, ele fala, enquanto caminha por uma praia falando diretamente para a câmera: "Você me xingou quando eu errei, gritou quando eu não escutei. Você me deu carinho, me deu amor e a noção de felicidade, e só ela é o que importa. Não é fama, não é dinheiro, não é carreira, não é poder. Você sabe quem eu sou. Só um menino feliz brincando com a sua bola. Quero continuar assim para ser que nem você, pai"
 
A nova polêmica é o comercial de uma marca de barbeador, em que o jogador se pronuncia sobre as críticas em relação a sua participação na Copa do Mundo da Russia. Foi veiculada neste domingo, pela primeira vez, no intervalo do programa Fantástico, da Rede Globo.
 
https://oglobo.globo.com/esportes/neymar-ja-recorreu-ao-mesmo-expediente-em-2011-22931748
 

Desabafo em comercial rende mais de R$ 1 milhão a Neymar

Agências avaliam que resultado do campanha foi um fiasco mas evitam falar sobre o tema

Lançado na noite do último domingo, o novo comercial da marca Gillette que traz depoimento de Neymar sobre sua atuação na Copa do Mundo, lembrada pela excessiva quantidade de quedas em campo, virou alvo de críticas nas redes sociais. A ideia da campanha, que vem mobilizando a internet, partiu da agência de publicidade da marca, a Grey Brasil, do Grupo Newcomm, em conjunto com o jogador e aprovada pela Gillette. De acordo com fontes, o cachê do jogador foi superior a R$ 1 milhão mas o objetivo da peça não foi alcançado. Ao contrário: a avaliação preliminar das agências envolvidas na produção da peça dá conta de que a questão nem "é o texto ou a locuação. E sim o personagem". Na manhã desta segunda-feira, ambas estiveram reunidas e tratavam o assunto como "gestão de crise".
 A campanha foi produzida em tempo recorde, na quarta-feira da semana passada: "Em menos de 48 horas vocês deram vida -- e que vida! -- ao devaneio de um bando de loucos. Obrigado pelas noites em claro, pelo sorriso no rosto e por me receberem com tanto carinho na casa de vocês", disse em rede social Bruno Brux, diretor-executivo de Criação da Grey, que foi pessoalmente a Santos para acompanhar a gravação. O texto do comercial foi escrito por Brux e pelo próprio Neymar com aval da Gillette.

-- A Grey é a agência da Gillette em todo o mundo e há anos está com a marca. A ideia foi aprovada de forma bem rápida, e a equipe do Neymar também gostou da ideia. O texto é muito bom mas o Neymar não é um bom intérprete. Acho que ele deveria ter se esforçado para dar veracidade ao texto e falar com a alma -- destacou uma das fontes.

O comercial, de 90 segundos, que usou imagens do jogador durante a Copa, traz um texto lido pelo atleta. Em um dos trechos, ele diz: "Você pode achar que eu exagero, e às vezes eu exagero mesmo. Mas a real é que eu sofro dentro de campo. Agora, na boa, você não imagina o que eu passo fora dele”. Em outro momento, ele afirma: "Quando eu pareço malcriado, não é porque eu sou um moleque mimado, mas é porque eu não ainda aprendi a me frustrar".

Nas redes sociais, muitas críticas. Internautas lembram que a campanha soou artificial Falaram ainda que o comercial entrou no ar duas semanas após o fim da Copa (o jogador não deu entrevistas desde a eliminação, há mais de 20 dias). Há quem cite ainda o "neymarketing", em alusão ao fato de o atleta só se pronunciar em campanhas publicitárias, sem encarar os questionamentos de jornalistas.

A campanha da Gillette, que tem Neymar como garoto-propaganda desde 2015, inaugura o novo mote da marca "Um novo homem todo dia". E em resposta aos questionamentos do Globo sobre a repercussão negativa da campanha, a empresa respondeu, via nota: "A nova campanha de Gillette convida todos os homens, começando pelo seu embaixador, a refletirem sobre as novas chances que cada dia oferece para se tornarem melhores do que ontem.Assim como muitos outros, Neymar Jr. encara desafios, lesões e derrotas, e o objetivo de Gillette é encorajar TODOS OS HOMENS, sem distinção, a refletirem sobre a oportunidade de se tornarem “um novo homem todo dia”. 

Segundo a Gillette e a Grey, o novo posicionamento da companhia vai contar com outro comercial. Nele, a marca apresentará um novo filme para TV aberta com o jogador apresentando novos produtos de barbear.


Marcelo Boschi, coordenador do MBA de Marketing Estratégico da ESPM-Rio, lembrou que a campanha é mais positiva para a marca do que para o próprio jogador.  -- O Neymar tem muita visibilidade e usou a propaganda como forma de expressão. Para a marca, há ganhos pois mostra que a marca está junto de um atleta mesmo na derrota. Para o Neymar, a campanha traz perdas pois ele ainda não está falando publicamente sobre o que aconteceu durante a Copa -- destacou Boschi.

O jogador foi procurado pela reportagem mas sua assessoria informou que ele se encontra de férias e por isso sem agenda para entrevistas.

O Globo
https://oglobo.globo.com/esportes/desabafo-em-comercial-rende-mais-de-1-milhao-neymar-22932259

NÃO DEIXE DE LER: https://oglobo.globo.com/esportes/neymar-ja-recorreu-ao-mesmo-expediente-em-2011-22931748