Líderes religiosos acusam terrorista da Noruega de blasfêmia
Os líderes do maior grupo ecumênico do mundo acusaram nesta segunda-feira o extremista norueguês Anders Behring Breivik de blasfêmia por citar, em um manifesto online pouco antes dos atentados, o cristianismo como justificativa para seus ataques assassinos contra prédios do governo e um encontro político de jovens, deixando dezenas de mortos.
Breivik se disse um cristão conservador lutando contra supostas conspirações marxistas e uma colonização muçulmana da Europa.
- É importante dizer a todos os muçulmanos, estejam eles na Europa e em qualquer outro lugar do mundo, que esses atos não expressão de maneira alguma a fé e os valores cristãos - disse o reverendo Olav Fykse Tveit. - É uma blasfêmia fazer esse tipo de relação.
Tveit, que também é norueguês e secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, disse que seu país ainda está chocado com o que aconteceu, e que muitos de seus compatriotas estão procurando as igrejas em busca de apoio e respostas:
- As igrejas estão abertas. Pastores e diáconos estão disponíveis para conversas..
Mas o ataque a bombas na capital, Oslo, e os tiros num campo de jovens do Partido Trabalhista na ilha de Utoeya foram um alerta para igrejas procurarem impedir que sua fé seja usada como justificativa para a violência, disse ele.
- Nós cristãos temos de estar alertas para isso, como nossas fé e nossa religião podem ser exploradas - falou o reverendo. - O acontecimento mostra o quanto é importante que continuemos nosso trabalho.
Tveit lidera o CMI, cuja sede fica em Genebra, na Suíça, desde 2010. A organização representa 349 igrejas protestantes e ortodoxas, com cerca de 560 milhões de fiéis em todo o mundo.
AP
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