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quarta-feira, 10 de setembro de 2008
PF deve explicar sala para o araponga Ambrósio
Folha News
A CPI das Escutas Clandestinas da Câmara ouve nesta quarta-feira (10/09) o diretor de contra-inteligência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Maurício Fortunato, e o chefe de Operações Especiais do STF (Supremo Tribunal Federal), Ailton Carvalho de Queiroz. A CPI quer ouvir de Queiroz detalhes sobre a escuta ambiental que teria sido plantada no gabinete vizinho ao do presidente do STF, Gilmar Mendes, durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
Queiroz assinou o relatório que indicava a existência de escuta ambiental no gabinete próximo ao de Mendes. O presidente do STF foi informado de o prédio do tribunal teria sido monitorado supostamente por agentes da Abin depois que o ministro concedeu habeas corpus para liberar presos pela PF.
No depoimento à CPI, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Jorge Félix, negou que a agência tenha implantado escutas ambientais no prédio do STF.
Além do eventual monitoramento, Mendes também foi alvo de grampo telefônico clandestino que flagrou uma de suas conversas com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), como revelado pela revista "Veja". A oposição promete apresentar requerimento de convocação do ministro Tarso Genro (Justiça) à CPI para explicar a atuação da Polícia Federal nas escutas telefônicas.
Reportagem da revista "IstoÉ" responsabiliza o agente aposentado do SNI (Serviço Nacional de Informações) Francisco Ambrósio do Nascimento pelas escutas telefônicas. Ele é acusado de coordenar, na Polícia Federal, os grampos que tiveram como alvo congressistas, ministros e jornalistas.
Segundo a reportagem, Ambrósio teria uma sala no edifício da PF de onde teria coordenado, durante a Operação Satiagraha, o trabalho de grampear conversas telefônicas. O diretor-geral da Abin, Wilson Trezza, disse que cabe à PF se explicar, uma vez que Ambrósio está afastado da agência há dez anos.
Integrantes da CPI também vão apresentar requerimento de convocação do agente aposentado da Abin para explicar o seu envolvimento com as escutas telefônicas ilegais
Zélia Cardoso defende Plano Collor
Zélia Cardoso diz que Plano Collor não foi só confisco
O Globo OnlineA ex-ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello, voltou a defender nesta terça-feira o Plano Collor, seu "filho mais polêmico", no seminário em comemoração aos 200 anos da pasta.
- Diferentemente da propaganda que o reduziu [Plano Collor] ao confisco, era um amplo conjunto de reformas aliadas a um programa de estabilização, que tinha objetivos conjunturais - disse Zélia, que já havia participado na segunda-feira da abertura do evento com outros ex-ministros da Fazenda.
Segundo ela, o plano teve sucessos e fracassos. Zélia também enfatizou que o plano reverteu a situação ruim das finanças públicas, permitiu a abertura da economia brasileira e a privatização deixou de ser um tabu.- Foi muito bem no sentido de evitar a hiperinflação, que se aproximava de 84% ao mês, no início de governo e se manteve entre 2% e 19% no período em que estive à frente do ministério. Mas não conseguimos debelar a inflação, como todos sabem - admitiu.
A ex-ministra disse, ainda, que o período iniciado em 1985 foi tão difícil e turbulento quanto 1890, com o início da República de Rui Barbosa. Mas, segundo ela, as reformas ocorridas a partir do Plano Cruzado, em 1986, "criaram as condições necessárias para o sucesso do [Plano] Real".
A despeito das críticas que sofreu durante o evento, que se tornou um palco para ex-ministros louvarem suas conquistas, Zélia manteve o bom humor e até brincou com um erro relativo à sua idade.
- Só tem um problema no livro dos ex-ministros. Ele me colocou um ano mais velha e, para uma mulher, isso é um problema - disse Zélia, que nasceu em 1953.
- É uma falha grave - respondeu o atual ministro Guido Mantega, que em seguida emendou mais uma forte crítica à colega, citando a primeira entrevista sobre o Plano Collor como um péssimo exemplo de comunicação à sociedade .O ministro afirmou que usou uma cópia da entrevista em suas aulas na Fundação Getulio Vargas para explicar como não se anunciam medidas econômicas.
- Estávamos três noites sem dormir naquele dia - replicou Zélia.
Ex-ministra elogia aumento dos jurosZélia Cardoso, por sua vez, foi só elogios à política econômica do atual governo. Segundo ela, as medidas de controle da inflação, principalmente o aumento dos juros básicos, são necessárias para evitar aumentos excessivos de preços que já ocorreram no Brasil.
- O governo está absolutamente correto ao preservar a conquista - disse.
Na opinião de Zélia, o governo tem conseguido equilibrar o controle da inflação com crescimento econômico.
- Estamos tendo crescimento, é um crescimento pequeno porém consistente, temos aumento de emprego e de renda real - disse.
De acordo com a ex-ministra, o Brasil está "em situação extremamente favorável"para superar a turbulência internacional devido ao nível de reservas internacionais brasileiras, acima de US$ 200 bilhões, e tem a inflação sob controle. Mas ela enfatizou que a crise internacional ainda está no "meio do processo de dificuldades" e que haverá um processo inevitável de depuração da bolha que se fez no mercado imobiliário norte-americano.
Zélia disse ainda que o governo Collor deixou como principal contribuição a abertura comercial, iniciada em 1990.
- Dizíamos sempre: queremos aumentar a importação e exportação. Queremos ter um aumento do saldo comercial e isso é o que nós temos hoje -afirmou.
FHC x Plano RealEm depoimento gravado, exibido no seminário, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse que o mérito do Plano Real foi ter sido democrático, com respeito à população e sem questionamentos jurídicos. FHC era o ministro da Fazenda a época do plano.
- Os planos anteriores eram tecnocráticos. Eram decididos nos gabinetes e ninguém sabia de nada e aparecia do nada no Diário Oficial. A população tomava um susto. E o maior susto foi o confisco das poupanças do tempo do presidente Collor. O sujeito tem a sensação de amanhecer mais pobre - disse Cardoso.
BOLSAS VOLTAM A CAIR
A Bovespa, o dólar e as bolsas internacionais nesta quarta-feira
O Globo OnlineValor OnlineA Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera perto da estabilidade nesta quarta-feira, depois de avançar mais de 2% pela manhã e inverter a tendência no início da tarde. O motivo é a cautela dos investidores no Brasil, em dia de anúncio relativo à taxa básica de juros, apesar dos ganhos em Nova York. Por volta das 14h30, o Ibovespa, seu principal índice, subia 0,09% a 48.479 pontos. O volume de negócios era de R$ 3,7 bilhões. O dólar, por sua vez, avançava 0,56% a R$ 1,783.
Em Wall Street, a tendência positiva também se reduziu. O indicador industrial Dow Jones subia 0,56%, o Nasdaq, das ações de tecnologia, ganhava 0,84% e o S&P500 avançava 0,53%. O petróleo leve registrava baixa de 0,93% a US$ 102,30, apesar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ter anunciado um corte na sua produção e do governo americano ter informado queda nos estoques de combustíveis.
No início do dia, os mercados reagiram bem ao anúncio de um balanço melhor do que o esperado do Lehman Brothers, apesar do banco ter amargado um prejuízo de US$ 4 bilhões no último trimestre . No âmbito interno, os investidores brasileiros repercutem ainda o anúncio de que o PIB cresceu 6% no primeiro semestre .
Entre os ativos de maior peso no Ibovespa, Petrobras PN recuava 2,08% a R$ 27,76; Vale PNA apurava elevação de 2,81% a R$ 33,96; BM&F Bovespa ON caía 5,10% a R$ 8,73; Bradesco PN recuava 1,07% a R$ 29,43; e Vale ON aumentava 3,85% a R$ 38,80.
Bolsas européias e asiáticas registraram quedaNa Europa, o índice londrino FTSE perdeu 0,91%, enquanto em Paris, o CAC-40 recuou 0,23% e, em Frankfurt, o Dax caiu 0,37%. Os mercados europeus foram influenciados negativamente pelo anúncio da Comissão Européia (CE) de que espera uma forte desaceleração da economia na zona do euro em 2008 . A previsão de crescimento caiu de 1,7% para 1,3%, mas a CE acredita que não haverá uma recessão.
As principais bolsas da Ásia fecharam nesta quarta-feira em queda diante dos temores do dia anterior sobre a capacidade do banco americano Lehman Brothers de reunir capital. Em Tóquio, o Nikkei 225 cedeu 0,44%, aos 12.346,63 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, ficou em 19.999,78 pontos, com queda de 2,40%. A exceção foi a Bolsa de Xangai, que fechou em alta de 0,23%.
Na terça-feira, as ações do banco de investimentos Lehman Brothers caíram mais de 40% em Nova York com o mercado preocupado com a possível desistência do Korea Development Bank (KDB - um tipo de BNDES da Coréia) em investir no banco. Segundo os boatos, com a falta de investimentos, o quarto maior banco de Wall Street não conseguiria levantar capital suficiente para manter seus compromissos.
Cientistas tentam recriar BIG BANG
Por Robert Evans - REUTERS
Cientistas do mundo todo comemoraram o fato de ter corrido tudo bem ao ser ligada, na quarta-feira, uma gigantesca máquina de colidir partículas que pretende recriar as condições do Big Bang, a grande explosão que teria dado início ao universo.
Os experimentos com o Grande Colisor de Hádrons (LHC), a maior e mais complexa máquina já fabricada, poderia dar uma nova cara ao mundo da física e revelar segredos sobre o universo e suas origens.
Os envolvidos no projeto precisaram esforçar-se para negar sugestões feitas por alguns de que o experimento poderia criar pequenos buracos negros de intensa gravidade capazes de sugar o planeta todo.
Tais temores, alimentados por escritores apocalípticos, fizeram ampliar o interesse geral na física das partículas antes de a máquina ser ligada. No entanto, cientistas de peso consideraram tais especulações "sem sentido".
A estréia do LHC, que custou 10 bilhões de francos suíços (9 bilhões de dólares), registrou-se como um ponto de luz em uma tela da sala de controle da Cern (Organização Européia de Pesquisa Nuclear), por volta das 9h30 (4h30, horário de Brasília).
"Temos um raio dentro do LHC", disse Lyn Evans, chefe do projeto, a seus colegas, que começaram a aplaudir ao ouvirem a notícia.
Os físicos e técnicos reunidos na sala de controle comemoraram em alto e bom som uma hora mais tarde quando o raio de partículas completou o trajeto horário do acelerador, concluindo com sucesso a primeira missão importante do LHC.
Os cientistas pretendem enviar raios de partículas em direções contrárias a fim de provocar pequenas colisões a uma velocidade próxima à da luz -- essa é uma tentativa de recriar em pequena escala o calor e a energia do Big Bang, um conceito sobre a origem do universo aceito por quase toda a comunidade científica.
O Big Bang teria ocorrido 15 bilhões de anos atrás quando um objeto imensamente denso e quente do tamanho de uma pequena moeda explodiu no vácuo, emitindo matéria que se expandiu rapidamente afim de criar as estrelas, os planetas e, um dia, a vida na Terra.
PEQUENO SOLUÇO
Problemas com os ímãs do LHC fizeram com que sua temperatura -- mantida a 271,3 graus Celsius negativos -- variasse um pouco, adiando o envio de um raio de partícula no sentido anti-horário. O raio começou a avançar, mas acabou sendo interrompido em sua trajetória.
"Isso é como um soluço. Não é nada demais", afirmou a repórteres Rudiger Schmidt, chefe da comissão de hardware da Cern, acrescentando que a segunda rotação deve ser realizada na quarta-feira à tarde.
Evans, que usava jeans e tênis, não quis dizer quando se iniciariam as colisões altamente energéticas.
"Eu não sei quanto tempo vamos levar para chegar lá", afirmou. "Segundo penso, o que vimos hoje de manhã prenuncia que caminharemos muito rapidamente. Essa é uma máquina extremamente complexa. As coisas podem sair dos eixos em qualquer momento. No entanto, hoje de manhã, tivemos um início promissor."
Quando o experimento de colisão de partículas ganhar velocidade total, os dados sobre a localização de partículas (com precisão de alguns milionésimos de metro) e sobre a passagem do tempo (com precisão de bilionésimos de segundo) mostrarão como as partículas se aproximaram, se distanciaram ou se dissolveram.
É nesse cenário que os cientistas esperam encontrar dentro em breve uma partícula conhecida como bóson de Higgins, cujo nome homenageia o cientista escocês Peter Higgins, responsável por criar o conceito a respeito dela em 1964. A partícula poderia elucidar o mistério sobre como a matéria ganha massa.
Sem massa, as estrelas e os planetas do universo nunca poderiam ter adquirido sua forma depois do Big Bang, e a vida nunca poderia ter surgido -- na Terra ou, caso exista, em outros planetas conforme crêem muitos cosmólogos, tampouco em qualquer lugar.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Dólar dispara
Reuters
Por Silvio Cascione
A saída de capitais do país manteve o dólar em forte alta nesta terça-feira, após uma sessão tensa com o aumento da aversão a risco no exterior e com o tombo da Bolsa de Valores de São Paulo.
A moeda norte-americana subiu 2,19 por cento, para 1,773 real. É a maior cotação de fechamento desde 30 de janeiro. Há pouco mais de um mês, a divisa estava nos menores níveis desde 1999, a cerca de 1,56 real. De lá para cá, a disparada do dólar foi de 13,5 por cento.
O terremoto financeiro dos últimos dias foi agravado nesta terça-feira pela preocupação com o Lehman Brothers, quarto maior banco de investimento dos Estados Unidos e que sofre para levantar capital e quitar dívidas relacionadas ao setor imobiliário dos Estados Unidos.
O medo de mais uma quebra de grandes proporções no setor financeiro global --seis meses após o colapso do Bear Stearns-- alimentava a aversão a risco poucos dias após o socorro de Washington às duas maiores agências de hipotecas dos Estados Unidos e da divulgação de novos sinais de fraqueza nas principais economias do mundo.
Às 16h37, o risco Brasil subia 15 pontos, para 269 pontos-básicos. Ilustrando a saída de recursos do país, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencava 3,8 por cento, para menos de 49 mil pontos.
A turbulência internacional derrubava o preço das commodities, uma das principais referências para economias exportadores como o Brasil. Com a busca dos investidores por ativos mais seguros, o índice Reuters-Jefferies de matérias-primas caía 1,71 por cento, e o petróleo se aproximava de volta dos 100 dólares em Nova York.
"O mercado está muito preocupado, muito tenso", resumiu Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper, no Rio de Janeiro. "Tem bastante comprador (de dólares) no mercado."
A subida do dólar, no entanto, não alterou a política do Banco Central de comprar recursos no mercado para engordar as reservas internacionais, ao contrário de outros países emergentes, que já vendem dólares para esfriar o mercado.
No leilão desta tarde, nenhuma das propostas divulgadas foi aceita pelo BC. A operação teve taxa de corte de 1,7592 real.
Lacerda desmente ministro JOBIM
Lacerda desmente ministro e diz que Abin não tem aparelho de interceptações telefônicas
Agência Estado
O diretor afastado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Paulo Lacerda desmentiu nesta terça-feira (09/09) o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que declarou que a agência teria equipamentos capazes de fazer interceptações telefônicas.
Afirmo, como diretor da Abin, que ela não possui. Se o ministro Jobim falou, o senhor deve perguntar a ele, respondeu ao senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) na Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso Nacional.
Segundo Lacerda, o aparelho é usado apenas para varreduras. A Abin não possui equipamentos para ouvir ou realizar gravações, apenas para fazer varreduras, disse.
Lacerda voltou a dizer que não teve participação na interceptação telefônica de autoridades. Não comandei, não participei, não compactuei e muito menos tomei conhecimento de qualquer ilegalidade por parte da Abin. Quero deixar clara a minha repulsa quanto a isso, disse. Não existe prova da participação da Abin em escutas ilegais, completou.
Paulo Lacerda afirmou nunca ter sido condenado por atividades realizadas ao longo de sua carreira. Jamais fui condenado por qualquer prática. Não existe no meu currículo absolutamente nada de que pudesse me envergonhar. Não confundam a minha postura profissional com o acobertamento de irregularidades, afirmou.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
General, pede pra sair
General Jorge Felix, responsável pela segurança da presidência da República
Grampos - General Félix, pede pra sair!Blog do Noblat
Chamem Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, para tirar o governo do sufoco provocado pela denúncia de que cabeças coroadas da República foram grampeadas por arapongas da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), da Polícia Federal ou de terceiros.
Não se descarte a hipótese de o trabalho ter sido obra de um mutirão de arapongas.
Na época do seu governo, o último do regime militar de 64, o general-presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, oficial de cavalaria e ex-chefe do Serviço Nacional de Informações, ameaçava chamar Pires sempre que se via contrariado pelos políticos.
No caso, Pires era o sobrenome do general Walter, então comandante do Exército. Convocá-lo significava que Figueiredo admitia dar meia volta no processo de abertura política inaugurado pelo general-presidente que o antecedera, Ernesto Geisel.
Thomaz Bastos funciona para Lula como o Pires de Figueiredo. Com uma diferença notável: ele é o Pires do bem, digamos assim. Convocá-lo não representa perigo para a democracia – pelo contrário. Thomaz Bastos está empenhado em preservá-la ajudando o governo Lula a atravessar turbulências.
Foi assim, por exemplo, quando Roberto Jefferson detonou o escândalo do mensalão. Thomaz Bastos salvou o governo com a história de que mensalão era Caixa 2, de que todos os partidos fazem Caixa 2, e de que Lula fora traído.
Outra vez Thomaz Bastos salvou o governo quando se soube que aloprados a serviço da reeleição de Lula haviam forjado um dossiê contra candidatos do PSDB – entre eles José Serra e Geraldo Alckmin.
Imagine só um escândalo onde todos os envolvidos tinham nome e sobrenome, onde uma maleta com dinheiro fora apreendida, onde havia conta bancária identificada e gente presa pela Polícia Federal.
Pois muito bem: o escândalo morreu de inanição. A Polícia Federal não apontou culpados. Grande Thomaz Bastos!
Fora do ministério, mas jamais excluído do círculo de assessores íntimos de Lula, Thomaz Bastos deixou suas impressões digitais na solução do recente episódio do dossiê sobre despesas sigilosas do governo anterior. O dossiê virou banco de dados – simples assim.
E apareceu até um José Aparecido, funcionário da Casa Civil, para livrar a ministra Dilma Rousseff da suspeita de que mandara confeccionar o dossiê.
Bem que Thomaz Bastos poderia dar um jeito no mais novo escândalo da praça – o dos grampos.
Pessoalmente, Lula nada tem a ver com ele. Seus ministros, também não. Alguns foram grampeados. Mas a se confirmar a denúncia da VEJA, reforçada no último fim de semana pela ISTOÉ e ÉPOCA, o governo perdeu o controle sobre seus órgãos policiais e de informação – se é que algum dia mandou neles.
E isso não é pouca coisa. O aparelho do Estado teria sido usado para espionar pessoas ao arrepio da lei.
De quem é a culpa? Parte é do governo. A outra parte é de juízes que deixam as escutas correrem soltas.
Lula foi rápido no gatilho e procedeu bem quando afastou dos seus cargos os diretores da ABIN e instruiu a Polícia Federal a descobrir quem grampeou quem, e por ordem de quem. Mas procedeu mal, muito mal, quando não demitiu o general Jorge Félix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
A ABIN é subordinada ao general. E ele negou na semana passada em depoimento no Congresso o que depois foi confirmado.
A ABIN possui equipamentos que lhe permitiriam grampear telefones? – perguntou-se ao general. Ele respondeu que não. Confrontado com uma lista de equipamentos comprados pela ABIN e instado novamente a responder à pergunta, Félix recuou:
- O que afirmo é que foi comprado como equipamento de varredura. Se permite [atividades] complementares, vamos fazer essa perícia.
O Exército fez. E concluiu que a ABIN está apta, sim, a grampear telefones. Por lei, ela é proibida de fazê-lo. E então?
Félix, pede pra sair. Lula, chama Thomaz Bastos.
Milionário da M,EGA-SENA, ganhava salário mínimo
Novo milionário da Mega-Sena ganhava salário mínimo
O Globo OnlineO acertador das seis dezenas do concurso 1002 da Mega-Sena, sorteado sábado, não esperou um dia sequer para colocar as mãos no prêmio. O novo milionário, que fez a aposta em Lavras (MG), compareceu nesta segunda a uma agência da Caixa Econômica Federal e já resgatou os R$ 24,8 milhões.
Emocionado e expressando grande surpresa no rosto, o apostador contou ao gerente que ainda não sabe o que fará com o dinheiro.
- Sempre que dá, eu jogo. Às vezes, fico um tempo sem jogar, mas sempre tento a sorte - disse o sortudo, que recebe apenas um salário mínimo por mês. - Tinha acabado de receber meu pagamento de R$ 415 e passei na lotérica. Fiz três jogos (R$ 5,25) e deu certo - concluiu o ganhador.
O prêmio do concurso 1002, se aplicado na poupança, pode render cerca de R$ 160 mil por mês, 385 vezes mais que o acertador ganhava a cada 30 dias. Só com os rendimentos do valor recebido da Mega-Sena, o sortudo poderá gastar agora mais de um salário mínimo a cada duas horas.
O sorteio foi realizado em Taboão da Serra (SP), e os números sorteados foram: 03, 07, 25, 31, 40 e 58. A quina teve 174 acertadores e cada um vai receber R$ 12.267,86. Já a quadra vai pagar R$ 213,14 para cada um dos 10.015 ganhadores. O próximo sorteio da Mega-Sena será nesta quarta-feira, em Amambaí (MS), a partir das 20h (horário de Brasília). O prêmio previsto é de R$ 1,5 milhão, segundo a Caixa Econômica Federal.